As Guerras da Água

O caso de Israel e da Palestina

http://www.bbc.com/portuguese/especial/2001/meast_maps
http://www.glogster.com/glog/6kpdso4ti56dnh6sbpd1ta0.html
A falta de acesso adequado, seguro, a água limpa tem sido um problema antigo para a população palestiniana dos Territórios Palestinianos Ocupados (TPO). Embora agravado nos últimos anos devido ao impacto da seca e escassez de água, o problema ocorre principalmente por causa das políticas israelitas em relação à utilização dos recursos hídricos compartilhados com os territórios palestinianos. Daqui resultaram várias violações generalizadas ao direito dos palestinianos a um padrão de vida adequado, o que inclui o acesso à água, à alimentação, a residências adequadas, o direito ao trabalho e à saúde da população palestiniana.
http://geografarbr.blogspot.pt/2014/04/aguas-e-fronteiras-na-palestina.html


O consumo de água palestiniano é de cerca de 70 litros por dia por pessoa - inferior aos 100 litros diários por habitante recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - considerando que o consumo diário israelita per/capita, é de cerca de 300 litros, quatro vezes mais, apenas. Em algumas comunidades rurais palestinianas sobrevive-se com muito menos do que a média de 70 litros, em alguns casos apenas 20 litros por dia, a quantidade mínima recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para situações de emergência.
O acesso aos recursos hídricos por parte dos palestinianos é controlado por Israel e a quantidade de água disponível é restrita a um nível insuficiente, às suas necessidades e não constitui uma partilha justa e igualitária dos recursos hídricos compartilhados.
Estratégias atuais contra a falta de água no Médio Oriente
Na Faixa de Gaza, o único recurso hídrico de água potável, encontra-se no extremo sul do litoral, é composto por um lençol freático, insuficiente para as necessidades da população, mas Israel não permite a transferência de água da Cisjordânia para Gaza (Transvases do rio Jordão para os territórios palestinianos costeiros).
Escassez de água e, os serviços de saneamento deficientes, afectam todos os sectores da população palestiniana e especialmente os mais pobres e os mais vulneráveis, aqueles que vivem em zonas rurais isoladas e em espaços superlotados, como os campos de refugiados.
As restrições dos palestinianos, no acesso ao abastecimento de água, manifestam-se de várias maneiras: o controlo dos recursos hídricos e do solo, e à proibição de circulação de pessoas e bens.

Face à escassez de água e do aumento da pobreza nos últimos anos, alguns palestinianos têm recorrido à perfuração de poços sem licença, enquanto outros têm-se ligado à rede de água ilegalmente, muitos já deixaram de pagar as contas de água.
“TROUBLED WATERS –PALESTINIANS DENIED FAIR ACCESS TO WATER”,2009, Amnesty International


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