O Mediterrâneo é um mar intercontinental que se estende desde
o Oceano Atlântico, a oeste; para a Ásia no leste e separa a Europa da África,
tendo assistido ao nascimento de grandes civilizações, à sua volta. Este "mar entre as montanhas" ocupa
uma depressão profunda irregular, alongada, e quase sem acesso ao mar que
encontra-se entre as latitudes 30 ° e 46 ° N e longitudes 5 ° 50 'W e 36 °.[1] E. De oeste a este, desde
o estreito de Gibraltar, entre a Espanha e Marrocos, até às margens do Golfo de
Iskenderun, na costa sudoeste da
Turquia, mede aproximadamente quatro mil quilómetros, e a sua extensão média
norte-sul, entre a costa meridional da Croácia e Líbia, é cerca de oitocentos
quilómetros. O Mar Mediterrâneo, ocupa uma área de aproximadamente dois milhões
e quinhentos e dez mil quilómetros quadrados.[2]
A extremidade ocidental do Mar Mediterrâneo
toca o Oceano Atlântico pelo estreito de Gibraltar. A nordeste do Mediterrâneo
está ligado ao Mar Negro através dos Dardanelos, do Mar de Marmara e do
estreito do Bósforo. A sudeste encontra o Mar Vermelho, através do Canal do
Suez[3]
https://www.loc.gov/item/98689757/ |
[1]
http://www.britannica.com/place/Mediterranean-Sea
[2]
Idem
[3]
Idem.
A região, onde
se desenvolveu a Civilização Mesopotâmica, é um vale aluvial sulcado pelos rios
Tigre e Eufrates, que correm quase paralelos. Ambos os rios nascem nas regiões
montanhosas da Arménia, donde correm para as planícies mesopotâmicas, para
depois seguirem dois trajectos, novamente, paralelos na direcção NO-SE,
desaguando no golgo Pérsico. Apesar de agora, desaguarem por um leito único, o
Shat-El-Arab, estes rios, durante a antiguidade, tinham a sua foz independente.
Tal facto deve-se à acumulação de aluviões no fundo do golfo pérsico, que
provocaram o assoreamento do mesmo, transformando numa só, a foz destes dois
rios.[1]
Territórios abrangidos pela Mesopotâmia Fonte: http://history2701.wikia.com/wiki/Terracotta_'Eye_Idol' |
O Tigre e o Eufrates são os responsáveis pelo oásis que é a planície da Mesopotâmia. De facto esta região foi privilegiada relativamente às suas áreas circundantes. A norte, e de leste a oeste faz fronteira com as regiões montanhosas de Elam, os montes Zagros e a Arménia, a sul confina com o deserto da Arábia.[2]
Egito |
O Egito ocupa o estreito vale do Nilo,
ladeado de montanhas a oeste e a leste, este vale não tem mais de quinze a
vinte e cinco quilómetros de largura. As montanhas a oeste separam-no do
Sahara, conhecido na Antiguidade, como deserto Líbico. Além das montanhas de
leste, estende-se a margem do mar Vermelho. No Sul o curso do Nilo era
interrompido por cataratas que tornavam a navegação difícil, isolando o Egito
dos países meridionais. No Norte, alarga-se, e é rematado pelo delta do Nilo,
que antes da mão humana, era uma área inculta e pantanosa, não dispondo de
enseadas fáceis. A situação geográfica deste vale beneficiava-o, se compararmos
com a Mesopotâmia, e os recursos naturais de ambas as regiões. As montanhas que
o acolhem são ricas em granito, basalto e calcário, as de leste e
principalmente as da Núbia, contêm jazidas de ouro; no vale crescem essências
preciosas, como a tamareira, o tamariz, o sicómoro, cujos troncos serviram para
construir embarcações fluviais. O Nilo com o seu sentido SN, desagua no Mediterrâneo,
principal artéria do comércio da Antiguidade.[3]
[1] Parcerisa,
J.P. (2003) As Origens da Civilização
Mesopotâmica. In Grande História
Universal, As Grandes Civilizações II (521-532) Alfragide Ed. Ediclube.
[2]
Idem
[3]
Presedo, F. J. (2003) Egito: O Império Antigo. In Grande
História Universal, As Grandes Civilizações II (599- 631) Alfragide Ed.
Ediclube.
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